Olá meus queridos e queridas...
Esse projeto de leitura faz parte
de um grupo de leitura de mães dos amiguinhos da minha filhinha mais velha.
Escolhemos esse título pela
história inspiradora dessa menina, mas confesso para vocês que a leitura foi
arrastada.
Em muitos momentos me questionei
sobre a qualidade literária do livro, mas depois de muito refletir, acabei
resolvendo ler sem julgamentos estéticos e mais para conhecer realmente a
história e também sobre os costumes, religião e até geografia mundial, hahahah
Creio que muito dessa impressão
se deva ao fato da extensão e descrições minuciosas. Ela praticamente conta
desde seu nascimento até seu (re) nascimento, após ser baleada pelo Talibã. Mas
garanto para vocês que depois da página 160 a leitura fui.
O início do Prólogo é assim muito
fofo: “Venho de um país criado à meia-noite. Quando quase morri, era meio-dia”
(p.11). Ela então já inicia contando que fora baleada por integrantes do Talibã
pois sempre lutara pelos direitos das meninas frequentarem as escolas. E passa
a narrar toda sua história desde seu local e nascimento.
Interessante saber que Malala
vivia no Vale do Swat, região montanhosa à sombra da crodilheira Hindu Kush,
mais especificadamente na cidade de Mingora, o maior município do Vale e que
distava apenas 160 quilômetros de Islamabad, a capital do Paquistão.
Então ela discorre muito sobre
seu pai e sobre o sonho dele pela Educação. Descreve todas dificuldades e
sabotagens desse grande sonho. E também o papel do pai como grande incentivador
de Malala também no objetivo de lutar pela educação, principalmente das
meninas: “Meu pai costumava falar: ‘Vou proteger sua liberdade, Malala. Pode
continuar sonhando’” (p. 77).
Passamos a conhecer, e mais, a
entender muitos dos costumes dos mulçumanos. E principalmente, o “não” papel da
mulher naquela sociedade, principalmente para os mulçumanos fundamentalistas
(em alguns momentos a gente fica com muita raiva, inclusive). Raiva maior
quando ela passa a contar sobre a ocupação do Talibã... “Primeiro os talibãs
nos tiraram a música, depois nossos Budas e então nossa história” (p. 133).
Mas o que mais afetava Malala e
seu pai era o fato das destruições das escolas pelos talibãs, mas serviu apenas
de incentivo para eles continuarem lutando: “O Talibã podia tomar nossas
canetas e nossos livros, mas não podiam impedir nossas mentes de pensar” (p.
156).
“O Talibã é contra a educação
porque pensa que quando uma criança lê livros ou aprende inglês ou estuda
ciência ele ou ela vai se ocidentalizar” (p. 172).
Eu fiquei muito inspirada após
conhecer a história da Malala e tenho a plena certeza que ela servirá de
inspiração para muitas mulheres. E principalmente quem está ligado à área de
Educação. Enquanto houver uma criança, um professor, um livro e uma caneta,
ainda haverá esperanças.
Alguém também ficou tocado?
Baci
P.S. Comprei também a versão
jovem da história da Malala... depois volto para falar dele também...