quinta-feira, 5 de maio de 2016

Stoner, de John Williams - TAG Experiências Literárias

Oie meus queridos e minhas queridas, ou as moscas que me lêem...

Recebi meu primeiro kit da TAG e fiquei extremamente ansiosa e feliz com a experiência que iria experimentar.

Primeiro que o kit é lindo demais, já mostrei em post anterior aqui no blog.

O que mais me chamou a atenção dessa assinatura da TAG é a curadoria. São escritores de renome no cenário da Literatura Contemporânea que indicam seus livros favoritos.

Esse mês a curadora foi a minha queridinha Leticia Wierzchowski, o que, para mim, já fez toda a diferença. E vamos a ele: Stoner, de John Williams.

Primeiramente, nunca tinha ouvido falar nesse escritor americano, nem tampouco nessa obra.

Confesso que me identifiquei muito com a temática e fico me perguntando se outros leitores que não estejam familiarizados com esse ambiente docente universitário tiveram a mesma impressão – não sei.

Trata-se de um romance  Buldingsroman (romance de formação) que narra a história de William Stones, filho de camponeses humildes que descobre sua paixão pela Literatura e torna-se professor universitário. E então acompanhamos o seu casamento fracassado e suas relações complicadas, tanto na Universidade e em todos os outros âmbitos de sua vida.

Fica muito evidente essa distância entre os mundos dos pais de Stoner e o ambiente universitário que passa a ser a sua vida. Seria como trabalho braçal/físico x trabalho intelectual.

“(...) Stoner, desde criança, pensava neles (pais) como velhos. Aos 30 anos, seu pai aparentava 50; encurvado pelo trabalho, contemplava sem esperança o árido pedaço de terra que sustentava a sua família de um ano para o outro” (p. 8).

Linda prosa, cheia de poesia e sentimento, como podemos observar: “(...) muitas vezes, durante a pausa entre o jantar e ir para a cama, os únicos sons que podiam ser ouvidos eram de um corpo de mexendo com dificuldade numa cadeira e o ranger mouco da madeira cedendo cada vez mais sob o peso dos anos” (p. 9).

No início há um choque: sabemos todo o enredo já no primeiro parágrafo. Logo após, há um segundo choque: a narrativa é lenta e o leitor, em certos momentos, acaba se cansando – logo nas primeiras páginas.

Eu, particularmente, fiquei muito irritada com a esposa dele e como ele reagia à certas atitudes dela, mas é exatamente isso que encanta em John Williams: como ele narra... é muito envolvente, quase visceral.

Amei o livro, muito porque o que ele narra faz parte do meu cotidiano também. E mais, o papel transformador da Literatura na vida dele (e de todos que com ela se envolvem): “Tomou consciência de si mesmo de um jeito que nunca lhe ocorrera antes” (p. 20).

Fiquei encantada também em perceber que, mesmo diante de toda a dificuldade que Stoner passa, e todo o sentimento de não-pertencimento, a sua paixão pela Literatura fez com que ele superasse todos os obstáculos, e alguns casos, abicou também de várias outras paixões.


Várias são as lições de vida que o Prof. Stoner nos deixa, dentre elas: “Você precisa lembrar o que você é, o que escolheu ser e o significado do que está fazendo” (p. 44). Eu acrescento ainda que você é o único responsável por suas escolhas. 

Achei, por fim, que há um flerte com o romance O Professor, de Cristóvão Tezza (existe post sobre esse livro aqui no blog).

Enfim, boa leitura!!!
Baci


quinta-feira, 14 de abril de 2016

TAG LIVROS

Olá meus queridos e queridas... como vocês estão?

Resolvi dar uma retomada novamente no blog. É muita coisa acontecendo, mas vou assumir um compromisso de fazer, no mínimo, uma postagem semanal (pelo menos, de início).

Fiz umas aulas de Escrita Criativa e fiquei empolgada a escrever. Sempre achei que não tinha muito "dom" para escrever, e talvez por esse motivo, deixei algumas vezes de lado alguns posts... Inclusive, quem se interessar em aprender mais sobre Escrita Criativa, esse é o link para o curso de Escrita Criativa (um dos cursos existentes... eu fiz umas aulas experimentais e gostei da técnica dele, Thiago Novaes).

Enfim, eu querida hoje deixar a dica da TAG LIVROS. O que é? É uma espécie de clube de livros. Por uma assinatura mensal de 69,90 (meio salgadinho, eu também acho...) você recebe todo mês em casa um livro (indicação de escritores e literatos), juntamente com uma revista e um "mimo" literário.

coincidência ou não, quem indicou o livro do mês de abril foi a escritora Letícia Wierzchowski, que eu adorooooo (o post anterior é sobre um livro dela). E mês que vem sabe quem indicará??? Quem???? A minha mais amada escritora de todos os tempos, salve, salve, linda, maravilhosa: Adriana Lisboa (estou megaaaa ansiosa para saber qual será a indicação dela)!!!

Vou explicar melhor com fotos do meu primeiro mês como associada.

Para início, a caixinha que vem pelo correio é muito fofa (já vi cometários sobre a demora na entrega do kit, mas comigo, por enquanto, está tudo ok...)


Quando a gente abre, o livro vem com uma capinha super prática com a revista dentro (podemos, inclusive, guardar o livro nessa caixinha...). Ah, na primeira vez, você recebe também uma carta personalizada com seu nome...

Ah, esqueçi que no kit também vêm um marcador de páginas personalizado:

E o mimo desse mês é uma ótima ideia para minhas feiras literárias também: "message in a bottle"...
Qual mensagem ou versos você deixaria para a posteridade?



Sobre o livro não vou falar ainda, primeiro porque estou no início da leitura (posso adiantar que é muito bom!) e segundo porque pode ainda haver interesse de alguém em adquirir e então perderia um pouco do encanto!!!

Ah, se alguém se interessou e resolver fazer a assinatura, dê meu nome como indicação, pois assim eu ganho uma book bag lindaaaa!!!

Estou propondo também clubes de leituras aqui na minha cidade, quem tiver interesse, deixa um comentário...

Ah, quem quiser ter mais informações sobre a TAG LIVROS, clique aqui!

Até semana que vem...

baci

Lari Bonacin

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Leticia Wierzchowski

Queridos e queridas, tudo bem?

Hoje irei falar um pouco sobre Letícia Wierzchowski... (conforme o título do post já adiantou...)

Tudo iniciou quando “me propus” um objetivo esse ano: estudar algumas escritoras brasileiras contemporâneas. Pois desde que me encantei com a Adriana Lisboa, fico “economizando” os seus romances, para não ter que me despedir dela... (outra hora irei fazer um post sobre a Adriana Lisboa e a minha verdadeira adoração pelas suas obras).

Bom, então achei na casa da minha mãe o romance Navegue a lágrima e adorei. Então, baixei no meu kindle o romance mais conhecido dela, A casa das sete mulheres, e gostei também, embora com algumas ressalvas. E, por fim, depois de pesquisar mais sobre ela, resolvi ler também no kindle o romance Neptuno.

Então, dos 13 romances de Letícia Wierzchowski, já li 3 e, portanto, tenho uma pequena noção dessa grande escritora brasileira da atualidade.

Dos três romances então que eu li, o qual mais gostei foi, sem dúvida Navegue a lágrima, onde temos a narradora, Heloísa (já comecei amando o nome...), que após sofrer uma grande perda compra uma casa de praia em um balneário no Uruguai. A casa pertencia à uma grande escritora, Laura Berman e sua família. A partir de então, Heloisa começa a ser visitada pelas lembranças guardadas por aquela família e passa a também enfrentar seus próprios medos e angústias. Narrativa entrecortada, ora ela relembra seu passado e ora é assombrada pelo passado dos Bermans: “Desde que vivo aqui sozinha, o passado vem me visitar como uma espécie de curiosa novela em capítulos.” (p. 12).

A casa das sete mulheres, o enredo é mais ou menos conhecido, devido à adaptação que foi feita pela Rede Globo em 2003, mas resumidamente, o romance tem como pano de fundo a Revolução Farroupilha, ocorrida entre 1835 a 1845. Paralelo à isso temos a mulher, filha, sobrinhas e irmãs do líder Bento Gonçalves, que reunidas, esperam, durante esses dez anos, o restabelecimento da ordem. O romance em questão é muito bom, servindo até como narrativa histórica, pois acabamos relembrando bem o que foi a Revolução Farroupilha e seus personagens... Ocorre que ele é longo, e em alguns momentos ele torna-se um pouco cansativo, inclusive. Mas, cada página é um deleite na narração quase poética de Letícia Wiezchowski. Eu super recomendo...

Em Neptuno, temos um advogado, recém-separado, que atende um filho de um antigo conhecido, assassino confesso de uma moça de 15 anos. A trama também vai envolver a própria vida do advogado que irá repensar e repassar seu passado a partir da história de M. (isso, o assassino é denominado apenas como M.). O romance é bem gostoso de ser lido, lembra-me um pouco as narrativas de Nicholas Sparks, inclusive. Mas um fato que me deixou um pouco cansada na leitura são as constantes “intromissões” do narrador. Apesar que acho que essa sensação deva ser creditada às três leituras seguidas da mesma autora. Por um lado é bom, pois você tem uma noção do todo, mas por outro acaba enjoando um pouco do estilo.

De qualquer maneira irei fazer uma resenha mais detalhada do romance Navegue a lágrima, pois realmente ele é f.a.n.t.a.s.t.i.c.o!!!

Baci

Lari Bonacin

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Coleção Antiprincesas - Frida Kahlo


Olá meus queridos e queridas...

Novidades na área: chegou minha encomenda do livro da Coleção denominada Antiprincesa, da editora Argentina Chirimbote. E mais: traduzida para o português.

O meu exemplar eu encomendei no site da Livraria Cultura:



Um projeto super atual e muito criativo (apesar de eu não gostar do nome "antiprincesa", pois prefiro algo como "princesas reais"), que visa ressaltar e dar publicidade às grandes mulheres de nossa história. Ou seja, ao invés de ficarmos enaltecendo apenas princesas criadas e inventadas (principalmente pela Walt Disney), valorizar mulheres corajosas, que procuraram enxergar o mundo de outra maneira e assim expressar sua arte.

Lembrando que o projeto contempla também os anti-heróis (cujo nome também não me agrada)...

O projeto gráfico é lindo, mistura desenhos, fotos e obras da Frida Kahlo. Também são dispostos vários quadros, que se assemelham à uma história em quadrinhos e somando-se à isso, notas/quadros explicativos.

Ao final do livro ainda têm sugestões de atividades e sugestão de jogos relacionados ao tema.

Apenas uma ressalva: quando falam do relacionamento dela com Diego Rivera, deixam claro o relacionamento poligâmico deles e as tendências bissexuais de Frida Kahlo (ainda não sei se acho que essas informações são relevantes para as crianças/adolescentes público-alvo desse livro... :( )

Mas, de uma maneira geral estou bem encantada com o projeto e pretendo ler mais a respeito e escrever mais a respeito. 

Baci a tutti..

Lari Bonacin

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Rakushisha, mais um livro maravilhoso de Adriana Lisboa

Oie.... Feliz Ano Novo!!!

Confesso que terminei meu ano literariamente extasiada!!! 

Tenho que compartilhar com vocês uma das melhores escritoras que já li na vida. Digamos que depois de Clarice Lispector é a escritora q mais gosto: Adriana Lisboa.

O primeiro livro que li dela foi Azul Corvo, e ele é simplesmente m.a.r.a.v.i.l.h.o.s.o. Inclusive vou relê-lo e fazer um comentário aqui...

Depois li Um beijo de Colombina, que é mais maravilhoso ou tão incrível quanto o primeiro que li, apesar de estilos diversos. Depois posso fazer umas considerações sobre ele!

Ontem eu terminei de ler Rakushisha, e não diverso dos outros, fiquei encantada. A maneira como ela narra é deliciosa. Nesse livro, por exemplo, ela mescla diversos tempos e diversos lugares e personagens, que, de uma forma ou de outra, mantêm certa relação entre si.

Ambientado no Japão e no Rio de Janeiro, deixa a narrativa bem diferente e inclui também fragmentos de Bashô, poeta japonês, precursor do Haicai. Uma forma lúdica e prazerosa de tomarmos contato com esse mundo incrível dos haicais... e de Bashô, e do Japão... tão misterioso e distante terra do sol nascente.

Já em Um beijo de Colombina, ela introduz-nos no universo de Manuel Bandeira, que confesso ter ficado ainda mais apaixonada por sua poesia – de Bandeira de Lisboa. Sim, a escrita de Adriana Lisboa é poética, mesmo escrevendo em prosa. É linda, profunda, quase visceral em determinados momentos...

Separei alguns excertos de Rakushisha para ilustrar a poesia nas descrições que ela faz, na sua narrativa. Como por exemplo sua descrição do DETRAN, que podemos estender à todos as instituições burocráticas: “Vinha do DETRAN. Lá dentro, na bolha morna do tédio burocrático, ventiladores imensos e prateados passeavam no ar que mesmo se agitando permaneciam parado. Até mesmo o vento era parado ali. Era um lugar sem tempo. As coisas não aconteciam nem desaconteciam. As pessoas em romaria se conformavam, e mesmo as inconformadas eram de um inconformismo conformado.” (LISBOA, p. 130)

“Minha dor é minha: marca na pele, feito vermelhidão da queimadura. Existe como uma visita na sala de estar. A dor, senhorinha sentada no canto do sofá.” (LISBOA, p. 128). Aqui tem espaço inclusive para metáforas...

E por fim, a tradução do sentimento de não pertencimento (aliás, quem nunca?): “Gosto dessa familiaridade da estranheza, de que de repente me dou conta. Gosto de me sentir assim alheada, alguém que não pertence, que não entende, que não fala. De ocupar um lugar que parece não existir. Como se eu não fosse de carne e osso, mas só uma impressão, mas só um sonho, como se eu fosse feita de flores e papéis e um tsuru de origami e o eco do salto de uma rã dentro de um velho poço ou o eco dos saltos de uma mulher na calçada (...).” (LISBOA, p. 133).


Ah, e ainda por cima, Adriana Lisboa é vegana (ou vegetariana...), o que querem mais?

domingo, 27 de dezembro de 2015

Livros lidos em 2015...

Oie meus queridos...

Quando fui organizar esse post acabei percebendo que esse ano eu li muito pouco. Na verdade, eu conclui poucas narrativas longas. Claro que li diversas coisas, principalmente livros técnicos e teóricos sobre literatura. Entretanto, percebi que tenho que fazer uma meta para 2016.

E uma delas eu já estabeleci e já iniciei em 2015 mesmo: a (re)leitura da prosa de Machado de Assis por ordem cronológica. Já li Ressureição e A Mão e a Luva.

A outra meta, ou a continuação da meta anterior é estipular uma média de no mínimo 02 narrativas em prosa por mês, o que somaria 24 livros lidos ao final do ano de 2016. Fora, claro, a infinidade de outras leituras que deverei realizar para as aulas do ano...

De qualquer forma, listei abaixo as narrativas que li:

- Macunaíma – Mário de Andrade
- A luz da noite – Edna O´Brien
- Vida organizada – Thais Godinho
- Memórias de um sargento de milícias – Manuel Antônio de Almeida
- Triste fim de Policarpo Quaresma – Lima Barreto
- Correr – Drauzio Varela
- O Quinze – Raquel de Queiroz
- Uma noite em Curitiba – Cristóvão Tezza
- Angústia – Graciliano Ramos
- Nu, de botas – Antônio Prata
- Menino de Engenho – José Lins do Rego
- Feliz Ano Velho – Marcelo Rubens Paiva
- Ressureição – Machado de Assis
- A mão e a luva – Machado de Assis

- O professor – Cristóvão Tezza (terminando...)

E vcs gostaram das quantidades de livros que leram esse ano?
Qual a meta para 2016?

Baci

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Comprinhas Literárias: Poeme-se


Oieeee....

Vim rapidinho para dizer que chegaram minhas "comprinhas literárias" que me dei de presente de Natal. Eu adoro esse site http://www.poemese.com/?gclid=Cj0KEQiAv5-zBRCAzfWGu-2jo70BEiQAj_F8oOrbi8L4blJT2jxQoBaRfLWv8UUDG4gDn9ZWDtxTyVYaAmGm8P8HAQ

As camisetas são de super boa qualidade e as cadernetas são fofas e as book bags resistentes (e olha que eu carrego livros... kkkk... mas é a mais cara que é de um material mais resistente!!! A entrega é bem eficiente também...Comprei esses três itens em promoção


Então é isso... Tenho vários outros itens deles também e amoooo
Vestir poesia é tudo de bom!!!!
baci