quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A princesa leal, Philippa Gregory

Oie...

Eu sou meio fascinada pela história dos Tudors, e queria realmente ler alguma coisa interessante sobre eles até que assisti à este vídeo da Tatiana Feltrin que me apresentou Philippa Gregory e agora estou apaixonadaaaa!!!!

Essa autora inglesa dedica-se a escrever romances históricos, e seu romance mais famoso é A irmã de Ana Bolena, que foi adaptado para o cinema no filme A Outra (fantásticoooo o filme também, diga-se de passagem...)

Gente... eu fico pensando... Em tempos que 50 tons de cinza é tão enaltecido, porque as pessoas não optam por uma literatura de qualidade como essa? A escrita de Philippa é deliciosa, fluida, e, acima de tudo, de qualidade!!!

Eu li essas 440 páginas de A princesa leal súper rapidamente e me deliciei... amei... já ganhei do Sr. PC os outros livros. 



Pretendo ler todos os livros que se referem às mulheres de Henrique VIII, incluindo aquele que vai tratar da filha dele e de Ana Bolena, a Rainha Elizabeth I (tal como fez a Tati Feltrin...inclusive lendo em ordem cronológica das mulheres e não na ordem das publicações)

Eu adorei esse primeiro livro (primeiro na minha ordem, ok?)...

Eu tinha a impressão de que Catarina de Aragão era uma coitada, renegada, sem graça... Tudo isso porque eu ignorava a sua história completa!!!


Na verdade, Catarina de Aragão foi uma super mulher, super esposa e super rainha.

Ela era uma princesa, filha de Isabel de Castela e Fernando de Aragão, e criada para ser uma Rainha, pois ela, aos três anos de idade foi prometida para se casar com Arthur, herdeiro do trono da Inglaterra (filho de Henrique VII).

E foi o que aconteceu... Eles se casaram adolescentes (15 anos de idade), mas passados apenas cinco meses, Arthur morreu de uma febre alta.

Fiel ao seu destino de ser a Rainha da Inglaterra, Catarina casa-se com o cunhado, Henrique VIII, mesmo com resistências de todos os lados.

Até aí eu conhecia a história...

O que pouca gente sabe é que essa menina sofreu muitooooo... Primeiro, com apenas 14 anos atravessou da Espanha até a Inglaterra com parte do seu dote e com parte da sua corte. Chegou em um país que ela não conhecia, sem ninguém conhecido e sem conhecer a língua.

Enfrentou dificuldades com a alimentação, e principalmente com relação ao clima (Inglaterra x Espanha...):

"Nevou durante uma semana em fevereiro, depois veio o degelo e a neve se tornou lama, e agora voltou a chover. Não posso caminhar no jardim, nem sair a cavalo, nem mesmo ir à cidade de mula. Nunca vi uma chuva assim em toda a minha vida. Não é como a nossa chuva que cai na terra quente e exala um cheiro morno e agradável quando a poeira se assenta e as plantas absorvem a água. Mas esta é uma chuva fria sobre a terra fria e não exala nenhum perfume, só cria poças de água com gelo escuro, como uma pele fria." (p. 125).

Mas o pior ainda estava por vir... Ela passou SEIS anos esperando que sua situação ficasse resolvida com Henrique VIII. Seis anos sem apoio dos pais da Espanha, e sem apoio da corte inglesa, sem dinheiro, sem ajudantes, sem roupas e ainda por cima gastando o seu dote (desvalorizando-o...).

Bom, enfim, tudo isso e muito mais eu descobri muitas coisas interessantes na leitura desse livro, além de ser um romance bem gostosinho também...

Enfim, romance histórico de alta categoria...

Já estou lendo o segundo (da ordem cronológica das esposas), A irmã de Ana Bolena, e Catarina de Aragão continua me fascinando...

A propósito, esse foi o livro 32 do ano... tá acabando...

Baci

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