terça-feira, 20 de novembro de 2012

O sentido de um fim, Julian Barnes



Oie...

Enfim, mais uma resenhazinha...

Sobre o livro deve haver milhares de resenhas, uma vez que ele foi deu ao seu autor o prestigioso Man Booker Prize em 2011.



O livro é muitoooo bom e trata - fazendo uma análise super simplista - das memórias de Tony Webster, que aos sessenta e poucos anos, ao ter conhecimento de uma herança inesperada, o faz retomar contato com uma ex-namorada da adolescência e descobrir verdades e não verdades de seu antigo amigo, Adrian Finn, que cometera suicídio, ainda muito jovem. E tudo isso é muito envolvente, pois histórias que envolvem suicídio e testamentos misteriosos acabam por exercer grande fascínio nos leitores.

Sempre pautado na confiabilidade ou não de suas memórias, o livro é cheio de ironias e reflexões acerca da subjetividade do tempo (“Algumas emoções o aceleram, outras o retardam; (...) p. 09).

Durante toda a leitura fica sempre a dúvida: o narrador que conta suas próprias memórias é confiável? Ele (o narrador) mesmo se questiona: “Será que a conversa foi exatamente assim? Provavelmente não. Mas é como eu me lembro dela” (p. 25).

A nossa própria memória faz uma seleção natural dos acontecimentos, pois não interessam os fatos propriamente ditos e sim as reações que os mesmos causaram...

E por fim, além de se tratar de memórias, são recordações contadas por um narrador em primeira pessoa, e, portanto, temos apenas uma versão dos acontecimentos – a versão que ele decidiu atribuir aos fatos...

Enfim, vale a leitura e vale a reflexão!!!
Baci

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