Oie...
Enfim, mais uma resenhazinha...
Sobre o livro deve haver milhares de resenhas, uma vez que
ele foi deu ao seu autor o prestigioso Man Booker Prize em 2011.
O livro é muitoooo bom e trata - fazendo uma análise super
simplista - das memórias de Tony Webster, que aos sessenta e poucos anos, ao ter
conhecimento de uma herança inesperada, o faz retomar contato com uma
ex-namorada da adolescência e descobrir verdades e não verdades de seu antigo
amigo, Adrian Finn, que cometera suicídio, ainda muito jovem. E tudo isso é
muito envolvente, pois histórias que envolvem suicídio e testamentos
misteriosos acabam por exercer grande fascínio nos leitores.
Sempre pautado na confiabilidade ou não de suas memórias, o
livro é cheio de ironias e reflexões acerca da subjetividade do tempo (“Algumas
emoções o aceleram, outras o retardam; (...) p. 09).
Durante toda a leitura fica sempre a dúvida: o narrador que
conta suas próprias memórias é confiável? Ele (o narrador) mesmo se questiona:
“Será que a conversa foi exatamente assim? Provavelmente não. Mas é como eu me
lembro dela” (p. 25).
A nossa própria memória faz uma seleção natural dos
acontecimentos, pois não interessam os fatos propriamente ditos e sim as
reações que os mesmos causaram...
E por fim, além de se tratar de memórias, são recordações
contadas por um narrador em primeira pessoa, e, portanto, temos apenas uma
versão dos acontecimentos – a versão que ele decidiu atribuir aos fatos...
Enfim, vale a leitura e vale a reflexão!!!
Baci
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