Todo mundo ligado ao mundo editorial sabe do sucesso que
está fazendo 50 tons de cinza, e
nessa semana também vários canais e blogs literários que eu acompanho também
comentaram sobre o sucesso de E. J. James.
Tenho que confessar que eu gostei gente, sério... Realmente
não há muito primor literário, mas não sei por que a leitura nos prende tanto:
eu simplesmente li as 557 páginas em 4 dias (inclusive foi um dos motivos do
meu “sumiço” do blog). Pode ser pelo fato de a escrita ser fácil, ou qualquer
outro motivo que não sei ao certo...
Primeiramente não podemos esquecer que é ENTRETENIMENTO
gente... Não vamos analisar a obra como um cânone literário... e como en.tre.te.ni.men.to
ela (a obra) cumpre seu papel!!! Aliás, sempre fico curiosa porque uma obra se
torna assim um sucesso editorial...O que realmente acho importante é o fato das
pessoas estarem lendo, independente se consideramos cânone ou não, se
consideramos clássico ou best Sellers ou o nome que for.
Voltando ao livro, o que posso resumir é que ele é
muitoooooo erótico!!! Muito mesmo... e além de erótico, ele é um pouco pesado,
pois tem cenas de sadomasoquismo. Genteeee, eu não entendo nada de
sadomasoquismo, ok? Portanto, não posso analisá-lo... (Isso porque a comunidade
sadomasoquista – ou sei lá o nome que leva – está alvoroçada pois alega que a
autora não retratou de forma correta essa prática e tal...)
O que tinha chamado minha atenção, primeiramente, era o fato
da protagonista, Anastasia, ser estudante de literatura!! Amei... Mesmo a
autora não dando muita profundidade psicológica a Ana... Não consegui entender
muito qual era a dela (Ana)...
Claro que, como uma trilogia, ele é enrolado, muitas vezes
repetitivo... Mas é envolvente... Achei bacaninha... Acho que irei ler os
outros dois sim...
A trilha sonora que embala o quente (tórrido) romance de Anastasia e Christian é fabulosa, um tanto melancólica, mas fantástica, principalmente pela escolha de Villa-Lobos: Bachianas Brasileiras n. 5, que você pode conferir aqui...
A Ju, de O batom de Clarice fez uma leitura muito peculiar
do livro, considerando-o uma releitura dos contos de fadas, mas é claro que com
muito sexo, kkkk. Para conferir, clique aqui, vale muito a pena!!!
Se é uma releitura de contos de fadas ou do Crepúsculo,
tenho que admitir que a introdução da questão erótica e do sadomasoquismo light
foi uma grande sacada da autora.
Inclusive tenho lido alguns comentários a respeito, e alguns
deles dizendo que o livro não traz nenhuma história original, etc. Realmente,
eu concordo, mas qual o livro que traz uma história 100% original?
Essa leitura que a Ju fez lembrou-me do que Thomas C. Foster
enfatizou bastante no livro Para ler
literatura como um professor sobre o papel da intertextualidade, assim ele
comenta: “Contos de fadas, assim como Shakespeare, a Bíblia, a mitologia e
todas as outras escritas e narrações, pertencem a uma única grande história e
porque, desde que crescemos o bastante para lerem para nós ou nos encostarmos
diante da televisão, temos convivido nessa história e em suas variações com
fadas (p. 73).
Foster também alerta para a descoberta de um papiro egípcio
com a queixa de que todas as histórias tinha já sido contadas e que, portanto,
nada restava ao escritor contemporâneo senão recontá-las. Então o desafio está
lançado, achemos uma obra 100% original....
Alguém já leu os 50 tons mais comentados do mundo? Alguém já
leu a trilogia inteira?
Eu não irei ler o livro, mas que bom que gostou xD
ResponderExcluirNão te interessou muito a história? O livro tem que despertar algo em nós para querermos ler né? Beijinho querida...
ResponderExcluirLari querida seu blog está ótimo. parabéns. Bjs
ResponderExcluirObrigada querida pela visita!!! volte sempre!!! beijinhos
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