quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Cinquenta tons de cinza e tantos outros tons...



Todo mundo ligado ao mundo editorial sabe do sucesso que está fazendo 50 tons de cinza, e nessa semana também vários canais e blogs literários que eu acompanho também comentaram sobre o sucesso de E. J. James.



Tenho que confessar que eu gostei gente, sério... Realmente não há muito primor literário, mas não sei por que a leitura nos prende tanto: eu simplesmente li as 557 páginas em 4 dias (inclusive foi um dos motivos do meu “sumiço” do blog). Pode ser pelo fato de a escrita ser fácil, ou qualquer outro motivo que não sei ao certo...

Primeiramente não podemos esquecer que é ENTRETENIMENTO gente... Não vamos analisar a obra como um cânone literário... e como en.tre.te.ni.men.to ela (a obra) cumpre seu papel!!! Aliás, sempre fico curiosa porque uma obra se torna assim um sucesso editorial...O que realmente acho importante é o fato das pessoas estarem lendo, independente se consideramos cânone ou não, se consideramos clássico ou best Sellers ou o nome que for.

Voltando ao livro, o que posso resumir é que ele é muitoooooo erótico!!! Muito mesmo... e além de erótico, ele é um pouco pesado, pois tem cenas de sadomasoquismo. Genteeee, eu não entendo nada de sadomasoquismo, ok? Portanto, não posso analisá-lo... (Isso porque a comunidade sadomasoquista – ou sei lá o nome que leva – está alvoroçada pois alega que a autora não retratou de forma correta essa prática e tal...)



O que tinha chamado minha atenção, primeiramente, era o fato da protagonista, Anastasia, ser estudante de literatura!! Amei... Mesmo a autora não dando muita profundidade psicológica a Ana... Não consegui entender muito qual era a dela (Ana)...

Claro que, como uma trilogia, ele é enrolado, muitas vezes repetitivo... Mas é envolvente... Achei bacaninha... Acho que irei ler os outros dois sim...

A trilha sonora que embala o quente (tórrido) romance de Anastasia e Christian é fabulosa, um tanto melancólica, mas fantástica, principalmente pela escolha de Villa-Lobos: Bachianas Brasileiras n. 5, que você pode conferir aqui...

A Ju, de O batom de Clarice fez uma leitura muito peculiar do livro, considerando-o uma releitura dos contos de fadas, mas é claro que com muito sexo, kkkk. Para conferir, clique aqui, vale muito a pena!!!

Se é uma releitura de contos de fadas ou do Crepúsculo, tenho que admitir que a introdução da questão erótica e do sadomasoquismo light foi uma grande sacada da autora.
Inclusive tenho lido alguns comentários a respeito, e alguns deles dizendo que o livro não traz nenhuma história original, etc. Realmente, eu concordo, mas qual o livro que traz uma história 100% original?

Essa leitura que a Ju fez lembrou-me do que Thomas C. Foster enfatizou bastante no livro Para ler literatura como um professor sobre o papel da intertextualidade, assim ele comenta: “Contos de fadas, assim como Shakespeare, a Bíblia, a mitologia e todas as outras escritas e narrações, pertencem a uma única grande história e porque, desde que crescemos o bastante para lerem para nós ou nos encostarmos diante da televisão, temos convivido nessa história e em suas variações com fadas (p. 73).

Foster também alerta para a descoberta de um papiro egípcio com a queixa de que todas as histórias tinha já sido contadas e que, portanto, nada restava ao escritor contemporâneo senão recontá-las. Então o desafio está lançado, achemos uma obra 100% original....

Alguém já leu os 50 tons mais comentados do mundo? Alguém já leu a trilogia inteira?

Baci... 

4 comentários:

  1. Eu não irei ler o livro, mas que bom que gostou xD

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  2. Não te interessou muito a história? O livro tem que despertar algo em nós para querermos ler né? Beijinho querida...

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  3. Lari querida seu blog está ótimo. parabéns. Bjs

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  4. Obrigada querida pela visita!!! volte sempre!!! beijinhos

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