quarta-feira, 4 de abril de 2012

Pequena Abelha - Grande Abelha, uma tentativa de resenha

A maioria das vezes, quando eu começo a ler um livro, automaticamente fico procurando os assuntos principais e consequentemente qual tipo de teoria literária que poderia ser aplicada.

Nesse caso, para quem gosta de Teoria Pós-Colonialista é um prato cheio...
Fiquei muito curiosa para ler esse livro, após vários blogs terem comentado sobre ele, e principalmente depois que assisti à esse vídeo da Juliana Gervason do Blog Batom de Clarice (que super recomendo...).

E o que mais me deixou empolgada foi a corrente que, iniciada na contracapa do livro, anda se espalhando pelos leitores também: preservar o mistério da história. Portanto, vou tentar comentar acerca de Pequena Abelha, sem, contudo, falar muito sobre a narrativa, ok?

Ficam para mim alguns questionamentos que foram suscitadas após encerrar o livro: Quais os verdadeiros limites geográficos? As fronteiras são somente físicas ou também pessoais.  Algumas pessoas são exiladas na própria acepção da palavra, e outras exiladas das suas próprias realidades. Podemos abandonar quase tudo na vida, menos nossas raízes.

O que afinal é ser livre? Muitas pessoas gozam do direito de ir e vir mas estão presas a sentimentos dentro de si mesmas, presas aos seus “bandidos internos”. O que é liberdade para mim pode não ser para você...

Pequena Abelha não é uma leitura fluida, pois às vezes, é perturbadora, mas faz com que reflitamos um 
pouco sobre a condição humana. E mais, provoca uma reflexão, ao menos em mim, de que: o que eu ando fazendo para contribuir para um mundo melhor, mais igualitário, com menos sofrimentos. O que realmente importa para nós? Para responder a essas reflexões talvez seja preciso que percebamos que estamos em desenvolvimento, ou então para constatar que vivemos em um mundo em desenvolvimento.

Pequena abelha é cativante, inocente, e ao mesmo tempo guerreira.

Enfim, é lindo gente, envolvente. É descritivo, porém sem ser enfadonho...A mudança de foco narrativo contribui muito para a excelência do livro, também...

Olhem que fofa a descrição do filme Top Gun a certa altura do livro: “Era sobre um homem que tinha de viajar para todo lado muito depressa, às vezes numa motocicleta, às vezes num avião que ele próprio pilotava, e às vezes de cabeça para baixo” (p. 73).

É difícil quando não podemos falar muito... Posso dizer que é um dos livros mais fantásticos que já li em toda minha vida

Vale muito a pena!!! Amei...
baci

4 comentários:

  1. esse livro é amor =D
    (ótimo o seu texto!)

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    1. sua indicação!!! Amei... e amei a visita!!!
      obrigadaaaa!!!
      um super beijo

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  2. Tenho esse livro há 1 ano e ainda não li... não sei por que, até comprei por indicações... Agora vou colocá-lo ao lado da minha cama e degustar devagar, com uma xícara de chá.
    Obrigada pela dica preciosa.

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  3. É bom demais Manu o livro... Deguste e depois nos conte!!!
    Bem-vinda!!!
    um bjo

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