segunda-feira, 4 de junho de 2012

Para ler literatura como um professor - Thomas C. Foster





Não creio que o livro seja somente para Professores de Literatura, muito embora o título assim faça crer, pois ele dá diversas dicas legais de interpretação, principalmente em como “enxergar” nas entrelinhas...

Claro que para professor é uma fonte bem rica, e, acima de tudo, ao final, o autor elenca as obras que ele citou no livro e também algumas outras que ele considera importantes e que estão relacionadas com os temas tratados por ele...

Mas não podemos considerar as opiniões do autor nem como certas, nem como únicas interpretações de um texto. Primeiro respeitar, pois é uma possível leitura, dentre várias e depois selecionar aqueles itens com que nos identificamos.

Sempre faço, em caderninho apartado, umas anotações daquelas informações mais relevantes dos livros (principalmente de teoria, não tanto de romances...).



Algumas leituras (que ele citou) já anotei como prioritárias para mim: Daisy Miller, de Henry James; Ulisses (James Joyce) – ele fala muitooooo em Ulisses; Uma passagem para Índia, de E. M. Forster (quero ler desde a faculdade) e também Um quarto com vista; O amante da Lady Chatterley, de D. H. Lawrence; A terra devastada, de T. S. Eliot; As horas, de Michael Cunningham.

A única desvantagem, como vocês podem notar, é que ele dá exemplos apenas de literatura norte-americana e inglesa, obviamente. Mas enfim...




Além dos vários simbolismos que ele comenta no livro, como por exemplo, os simbolismos das estações do ano (primavera, verão, outono, inverno), chuva, neblina, neve, neblina, etc... Uma importante contribuição do livro é sobre intertextualidades.

Eu já havia notado que certos livros que eu lia, me remetiam a outras histórias, ou outros livros. O autor fala que isso aprofunda e enriquece a experiência de leitura, ao trazer múltiplas camadas de sentido ao texto. E mais, segundo ele, “contos de fadas, assim como Shakespeare, a Bíblia, a mitologia e todos as outras escritas e narrações, pertencem a uma única grande história e porque, desde que crescemos o bastante para lerem para nós ou nos encostarmos diante da televisão, temos convivido nessa história e em suas variações (p. 73). Cita um papiro egípcio que continha a queixa de que todas as histórias tinham sido contadas e que, portanto, nada restava ao escritor contemporâneo senão recontá-las.

Ele também enfatiza o papel do mito, que são histórias que estão tão profundamente entranhadas na memória coletiva, que moldam nossa cultura e são moldadas por ela, e constituem uma maneira pela qual lemos o mundo e, em última instância, a nós mesmos. Claro, a leitura nada mais é do que uma maneira de conhecer o mundo e como pensamos o mundo!!!

Forster também ressalta algumas técnicas de leitura, como: “Faça perguntas sobre o texto: o que o escritor faz com essa imagem, esse objeto, esse ato, que possibilidades são sugeridas pelo movimento da narrativa ou da lírica; e, a mais importante: o que sentimos que ele faz? (p. 111).

Mas como falei antes, o livro basicamente fala sobre a função e significado de alguns símbolos.

Eu recomendo!!!

Baci

2 comentários:

  1. Olá! :D Adorei a recomendação. Parece ser realmente interessante. Adoro livros onde o autor mostra suas opiniões, o mundo precisa ouvir mais as opiniões dos outros u.u. Quero muito o livro =D ADICIONEI NA LISTINHA \O\

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  2. Oie... Sim, Helena, são muito boas as opiniões do autor, em algumas achei que ele viajou um pouco, mas não precisamos concordar com tudo não é mesmo? beijinho!!!

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