Ontem saiu uma reportagem no
jornal da minha cidade (Gazeta do Povo), dizendo que a literatura fantástica
atual está conquistando o público jovem com a seguinte manchete: “A novageração fantástica: Histórias em mundos distantes ganham jovens”.
Na reportagem eles incluem nessa
dita literatura fantástica obras como Senhor dos Anéis e Game of Thrones, por
exemplo.
Não quero aqui criar nenhuma
polêmica, em discutir o que seria ou não literatura fantástica, pois só conheço
títulos mais antigos desse gênero, como A
volta do parafuso de Henry James, ou Frankenstein
de Mary Shelley.
Fiquei só recordando as minhas
aulas sobre Literatura Fantástica com saudades e resolvi retomar as minhas
anotações sobre o tema. Queria deixar aqui uma breve contribuição de Todorov (que
no meu conhecimento é um super especialista em literatura fantástica), o qual
considera a literatura fantástica, o texto que preencher dois requisitos: a)
que o leitor hesite, até o fim da
narrativa, entre uma explicação natural e uma explicação sobrenatural para os
fatos narrados; e b) que ele não dê, a esse fatos, uma explicação poética ou
alegórica, sob pena de comprometer a hesitação.
Mas Todorov não foi o único
teórico da Literatura Fantástica. Mas gente, não quero dar aula de Literatura
Fantástica hein? É só curiosidade!!!
O que eu quero dizer é que fico
muito feliz com toda essa literatura, e mais, com todo esse fascínio que ela
causa em nossos jovens leitores. Só espero que um dia eles também tenham
vontade de ler Mary Shelley, por exemplo, que é fantástica, em ambos os
sentidos...
Por coincidência a Tati Feltrin (foi
por meio dela e de seus vídeos e blog que vim a descobrir esse universo dos
blog literários maravilhosos) postou recentemente uma super resenha de Borges e
fala também sobre literatura fantástica (acesse aqui!)... Vale super a pena!!!
Baci
Oi, Larissa, tudo bem? Gosto muito das discussões sobre 'literatura fantástica', mas geralmente o pessoal confunde com literatura de fantasia ou 'literatura maravilhosa', que foi uma divisão feita pelo Todorov mesmo, se não me engano. Nesse caso, O Senhor dos Anéis e Guerra dos Tronos não são literatura fantástica, e sim maravilhosa. É comum jornalistas confundirem. E você disse que não queria entrar na questão mas eu já fui aqui me metendo, rs. Seu blog junta duas coisas que adoro: comida e literatura. Beijinho!
ResponderExcluirIsso mesmo... Obrigada pela contribuição!!! Sim, foi Todorov mesmo que faz essa distinção entre o fantástico-maravilhoso e o fantástico-estranho!!! Que bom que vc gostou da proposta do blog, eu também amo essas duas coisas... Volte sempre, beijinho
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